EDITORIAL | Muitas vezes, seja na hora de escolher o seu curso de graduação, seja durante a própria faculdade, uma característica importante do Profissional de Educação Física fica relegada a um plano secundário: o seu lado PROFESSOR.
Ocorre, porém, que a maioria das atividades dos Profissionais de Educação Física encerra em grande medida a transmissão de conhecimentos teórico-práticos. Por isso, a tarefa de ensinar, e com isso transformar mentes e corpos, deveria ter uma grande relevância. Comunicar-se com desenvoltura, portanto, é fundamental. Comover-se com o ato de ensinar, mais ainda.
Das quinze ocupações listadas em nosso Canal Empregos, talvez apenas a de Fisiologista não requeira necessariamente boa comunicação. E convenhamos: quem opta pela carreira de Profissional de Educação Física para ser especificamente fisiologista?
As grades curriculares de muitas Faculdades e mesmo o oferecimentos de Cursos e eventos parece não contemplar esta demanda de formação. Em nossas bibliotecas e no prelo das editoras especializadas, quantas publicações temos a respeito? Poucas, bem poucas. O resultado é que muitos só se tornarão professores de fato após a Faculdade, como resultado de um enorme esforço pessoal e de muitas cabeçadas.
Além disso, como não se valorizou essa formação pedagógica durante toda a Faculdade, alguns sequer reconhecem esta necessidade de aprimorar-se como professor.
É preciso um amplo repensar deste estado de coisas. As representações discentes, os Centros Acadêmicos e os órgãos responsáveis pelo currículo das Faculdades precisariam atuar na remodelação de disciplinas e cursos, dando-lhes um caráter mais educacional. Empresas organizadoras de cursos também poderiam contribuir, explorando mais esta vertente. E nós profissionais, deveríamos nos orgulhar bem mais do título de PROFESSOR.
Uma boa semana a todos. | | |
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