Notícias da Educação Física |
- A importância do preparo emocional nas Olimpíadas.
- Anemia falciforme pode causar morte súbita em atletas negros
- O perigo do treinamento funcional
A importância do preparo emocional nas Olimpíadas. Posted: 31 Jul 2012 05:49 AM PDT
Grande parte dos atletas que chegam às Olimpíadas competem praticamente no mesmo nível técnico. O que fará diferença entre a vitória ou a derrota? Muitos apostam no preparo emocional, como a psicóloga esportiva Carla Di Pierro, que atua no Comitê Olímpico Brasileiro com o Time Brasil. |
Anemia falciforme pode causar morte súbita em atletas negros Posted: 31 Jul 2012 05:48 AM PDT Estudo recente conduzido por pesquisadores dos Estados Unidos confirma que anemia falciforme pode causar morte súbita em atletas negros. Resultados ratificam pesquisas anteriores que relacionam a condição à morte cardíaca súbita entre jovens atletas afro-americanos do sexo masculino. A relação foi inicialmente observada em recrutas militares negros, há 25 anos. O traço falciforme, para o qual todos os afro-americanos dos Estados Unidos são testados no nascimento, ocorre em cerca de 8% da população. A Minneapolis Heart Institute Foundation mantém um banco de dados forense de 32 anos, o U.S. Sudden Death in Athletes Registry, que contém registros da frequência, epidemiologia e perfil clínico de mortes relacionadas ao traço falciforme em uma grande população de atletas competitivos. Resultados desse programa de registro mostra que existe "uma prova convincente de uma relação causal entre o traço falciforme e as mortes de jovens atletas negros que participam de competições, especialmente jogadores de futebol", diz o autor sênior do estudo Barry J. Maron, da Minneapolis Heart Institute Foundation.
Das 2.462 mortes de atletas registradas na U.S. Sudden Death in Athletes Registry, 23 ocorreram em associação com o traço falciforme (12 a 22 anos) - sendo que 21 entre homens e todos afro-americanos. As mortes ocorreram com mais frequência entre atletas de 19 a 23 anos, durante treinos de futebol. Exposição a altas temperaturas ambientais também apresentou relação com as mortes. "O registro foi iniciado primeiramente por Maron para ajudar a comunidade médica entender por que atletas entram em colapso em campo" , explica o autor do estudo Kevin M. Harris. "Nós decidimos avaliar a conexão entre o traço falciforme e a morte súbita dentro de nosso grande registro. Como resultado, desenvolvemos a primeira série considerável de atletas competitivos, nos quais o traço falciforme foi associado com outra forma inexplicável de colapso súbito inesperado e morte."
Maron, que tem avaliado relatos de mortes cardiovasculares entre jovens atletas por aproximadamente 35 anos, está surpreso com o nível de ceticismo que tem testemunhado sobre o fato de o traço falciforme ser considerado causa de morte súbita entre jovens atletas negros, mesmo entre a comunidade médico-científica. No estudo, os pesquisadores concluíram que o traço falciforme "pode ?? ser associado em grande parte ao colapso imprevisível e repentino e a morte, com aparente predileção por afro-americanos jogadores de futebol de faculdade acometidos durante o treino. Entender os riscos, os mecanismos e os eventos disparadores do traço falciforme pode permitir alterações que salvarão vidas com métodos de treinamento a serem implementados." " A fim de implementar alterações que salvem vidas em tais métodos de treinamento, especialmente devido à natureza imprevisível dos acontecimentos relacionados ao traço falciforme, é preciso haver uma maior compreensão e aceitação desta conexão letal. Não reconhecer esta ligação entre o traço falciforme e a morte súbita cria a possibilidade de falhas na proteção dos atletas" , conclui Maron. |
O perigo do treinamento funcional Posted: 31 Jul 2012 05:25 AM PDT A trilha dos anos 80 marcava a aeróbica à la Jane Fonda. Nas décadas seguintes as barras esculpiram músculos e, depois, a qualidade de vida norteou práticas zen, como ioga e pilates. Atravessando modismos e descobertas do fitness, as academias têm um novo filão: o treinamento funcional. Seus entusiastas chegam a defini-lo como a ginástica do futuro. Mas recente posicionamento do Colégio Americano de Medicina do Esporte afirma haver poucos estudos para avaliar seus benefícios em adultos jovens. Além disso, especialistas alertam para algumas distorções do objetivo e da forma de execução dos movimentos, o que pode trazer uma série de prejuízos ao corpo. No treinamento funcional, as máquinas de musculação dão espaço a bolas, elásticos, trampolins, halteres e o chamado bosu, uma espécie de bola cortada ao meio. Movimentos mais livres, com sustentação e equilíbrio do corpo no chão ou em objetos instáveis — como a bola ou o bosu — estão entre seus princípios. Boa parte deles, no entanto, não é novidade e alguns até chegaram a ser banidos das academias na década de 90, como o agachamento a fundo. — Chegou-se à conclusão de que o agachamento até o calcanhar é arriscado porque aumenta a pressão nos joelhos, que já são frágeis — afirmou o professor de educação física e coordenador da assessoria esportiva Equipe Filhos do Vento, Ricardo Sartorato. — O treinamento funcional trouxe velhos fantasmas com uma nova roupagem. método deve ser complementar O professor de educação física Marcelo Cabral diz que exercícios funcionais são utilizados, de forma complementar, nas séries das academias. Mas ele desconfia do resultado da prática destes movimentos num método de treinamento isolado. — O que era complementar está sendo o todo, o que é complicado — afirma. Os estudos publicados sobre o tema apontam benefícios em casos específicos. A Associação Americana de Terapia Física informou, em 2010, o resultado positivo na recuperação de lesões do joelho. Outro, no periódico "Bristish Journal of Sports Medicine", recomenda os exercícios para a prevenção de contusões em adolescentes esportistas. A ideia principal dos funcionais é ajudar o corpo a enfrentar o envelhecimento, com exercícios que reativem as funções básicas, como andar, subir escada e agachar-se. Além disso, o livro "Functional training for sports", de 2003, sem tradução para o português e um dos mais famosos sobre o assunto, diz ser um programa mais completo de movimentos e a mais eficiente forma de treinamento. — Isso é mito. A ideia é bastante sedutora e até parece coerente, mas assim dá a impressão de que outros métodos não trabalham todo o corpo — critica Cabral. — Não há problema nenhum neste tipo de treinamento, desde que seja preservada a segurança. Frequentemente, com a intenção de simular movimentos do cotidiano, são vistos exercícios com amplitudes e posições potencialmente perigosas. Isto é injustificável porque expõe a pessoa ao risco e, pior, sem a certeza de bons resultados. É preciso ter força, equilíbrio e coordenação Ainda segundo Cabral, diversos exercícios comumente utilizados no treinamento funcional são úteis quando a pessoa tem um déficit funcional, como, por exemplo, em idosos que já apresentam dificuldade em movimentos do cotidiano ou nos que sofreram lesões articulares e que precisam recuperar a coordenação dos músculos. Nas academias, o treinamento começou a ser feito no início dos anos 2000 com indivíduos que se recuperavam de contusões, mas rapidamente foi adotado pelos fãs de musculação. — Este tipo de treinamento trabalha o corpo em superfícies instáveis e deve usar cargas mais baixas. Mas o que acontece é que o modismo leva praticantes a não pensar nos aspectos funcionais. Eles se preocupam com o ganho de massa, com a estética, que precisa de intensidade de carga. Isto é prejudicial ao corpo — explica Ricardo Sartorato. As séries de funcionais das academias também demandam força, equilíbrio e coordenação motora do praticante. Os iniciantes em atividade física não têm estas habilidades muito desenvolvidas, o que pode levar à prática dos exercícios de forma errada. O resultado é o efeito reverso: eles acabam provocando lesões nas lombares e nos joelhos. — O que o aluno não vê é que as contusões acontecem por prática repetitiva, demorando às vezes meses ou anos para ocorrer, o que enfraquece a percepção da relação de causa-efeito. Por isso, é difícil convencer alguns alunos a abandonar movimentos perigosos que veem em revistas e programas de TV — alerta Ricardo Sartorato. |
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