quinta-feira, 31 de maio de 2012

Notícias da Educação Física

Notícias da Educação Física


Fundamentos e prática do handebol

Posted: 31 May 2012 03:33 AM PDT

Handebol

Objetivos
- Conhecer a origem do handebol (distinguir ano e país de origem, quem a criou, onde e por quem era praticada).
- Aprender as regras básicas da modalidade e suas estratégias.
- Praticar o handebol com todos os alunos.
- Aprender estratégias como: postura individual defensiva,
deslocamentos com e sem a bola, paradas bruscas, mudanças de direção, identificação de companheiro desmarcado, utilização racional do drible, adaptação à bola e recepção, passe e arremesso.
- Aprender a trabalhar em equipe.

Conteúdos

- Origem e evolução do handebol.
- Fundamentos da modalidade.
- Regras e definições das estratégias ofensivas e defensivas do esporte.
- Trabalho em equipe, comunicação e respeito à diversidade.

Anos
8º e 9º anos.

Tempo Estimado

Quatro aulas.

Materiais necessários

- Coletes, bolas de borracha ou de iniciação esportiva, bolas de handebol, cones, bambolês ou giz.
- Computadores com acesso à internet, ou jornais e revistas para pesquisa.

Flexibilização
Para alunos com deficiência física (sem mobilidade nos membros inferiores)
Para incluir o aluno cadeirante na prática esportiva, a atividade com o cone pode ser feita com toda a turma sentada em cadeiras com rodinhas. Peça que os alunos sugiram estratégias de defesa e ataque nesta posição e valorize os movimentos dos membros superiores. As cadeiras com rodinhas podem ser usadas também durante a aula 3, na condução da bola entre os membros da equipe.

Desenvolvimento

Aula 1
Comece descobrindo o que os alunos já sabem sobre handebol. Pergunte se alguém já jogou antes ou se sabe como jogar. Sugira comparações com modalidades mais conhecidas, como futebol, indicando as semelhanças, como o gol e a presença da rede. E mostre também as diferenças, como o ritmo de jogo e a prática de lançar a bola com as mãos. Aproveite para questionar se conhecem algum jogador de handebol ou se já assistiram alguma partida antes.
Encaminhe os alunos à biblioteca ou à sala de informática e peça para pesquisarem a origem e evolução da modalidade. Se não houver computadores disponíveis, faça uma pesquisa prévia e leve revistas e jornais para os alunos. Uma sugestão é o site da Federação Paulista de Handebol, que conta a história do esporte. Antes do fim da aula, peça que todos compartilhem o que descobriram.

Aula 2

Inicie propondo um aquecimento chamado "Quadrado de fogo". Delimite uma área, pode ser com quatro cones, e explique que todos os alunos devem ficar dentro deste quadrado, exceto um, que começará com a bola do lado de fora. Explique as regras para todos os alunos. Diga que o jogo funciona como uma queimada. Quem está fora do quadrado tenta "queimar" um jogador de dentro. Caso a bola seja agarrada por alguém dentro do quadrado ou que permaneça nesta região, deverá ser lançada para fora. Quando o primeiro aluno for "queimado", ele irá para fora do quadrado e o aluno que o "queimou" entrará no quadrado. A partir daí, ninguém mais entrará. Cada aluno que for "queimado" sairá do quadrado e ajudará a "queimar" os que lá dentro estão até que reste apenas um - o sobrevivente. O desafio final será a turma toda tentar queimá-lo. Se a turma for muito grande, uma ou mais bolas podem ser, gradativamente, acrescentadas ao jogo.

Em seguida, converse com os alunos sobre a importância do alongamento para a prática esportiva. Oriente a execução correta e uma sequência adequada focada nos membros inferiores, ombros e costas, partes do corpo solicitadas durante a aula e nos jogos de handebol.

Para treinar algumas estratégias de defesa e ataque, forme uma roda ao redor de um cone posicionado dentro de um bambolê ou em uma área delimitada com giz no centro da quadra. Dois alunos devem ficar na posição de defesa, se deslocando para proteger o cone, enquanto quem está na roda tenta arremessar a bola e derrubar o cone. Quem derrubar o cone irá para o centro da roda com quem havia feito a tentativa anterior e ambos se tornarão defensores. Os que defendiam assumem uma posição na roda, passando a atacantes. Conforme o desenvolvimento da atividade acrescente mais uma ou duas bolas ao jogo. Finalize alongando mais uma vez.

Aula 3
Em quadra, conduza o alongamento com foco nos membros inferiores, ombros e costas. Divida os alunos em duas equipes. As redes deverão ser ocupadas, cada uma por dois alunos, um de cada equipe. Os demais ficam espalhados ao longo da quadra. O objetivo é fazer no mínimo dez passes entre os companheiros, a partir do centro. Feito isso, o grupo marcará um ponto. Avise que o drible não será permitido. Quem conseguir continuar com a posse da bola e fazê-la chegar até o companheiro de equipe que está dentro de qualquer uma das áreas, marca um ponto adicional.

O aluno que receber a bola dentro da área terá direito a um tiro de 7 metros (uma espécie de pênalti no handebol) e o integrante da equipe adversária que ocupa a mesma área tentará defendê-lo. Se o tiro de sete metros for convertido, a equipe marcará mais um ponto. No caso de as possibilidades de pontuar se esgotarem, o jogo será reiniciado no centro da quadra pela equipe que sofreu o ponto. Se a equipe defensora recuperar a bola devido a uma infração do ataque, o jogo prosseguirá com a cobrança da infração no ponto mais próximo em que esta ocorrer. Termine com o alongamento.

Aula 4
Comece orientando o alongamento da turma, com foco nos membros inferiores, ombros e costas. Então, proponha um jogo em que a cada 5 ou 6 pontos marcados pelo ataque ou pela defesa, as funções se invertam. Os gols contam pontos para o ataque, enquanto que as defesas feitas pelo goleiro sem possibilidade de um novo arremesso e as bolas recuperadas, contam pontos para a defesa. Pode-se combinar um esquema para o rodízio dos goleiros como, por exemplo, o atacante que perdeu a última bola ou realizou um último arremesso defendido pelo goleiro assume esta função. No final, sugira que os alunos que terminaram o último jogo na função de goleiros conduzam o alongamento, com supervisão do professor. Corrija possíveis erros e destaque a importância de alongar corretamente para evitar dores e lesões.

Avaliação
Observe a participação de todos os alunos durante as etapas de pesquisa, discussão em sala e nas atividades práticas propostas. Espera-se que, ao final da sequência, eles saibam mais sobre a origem e as regras do handebol, aprendam alguns fundamentos e jogadas da modalidade e aprimorem suas estratégias de jogo.

 

Autora: Fabiana Pinheiro


Como praticar Pilates sem os caros aparelhos

Posted: 30 May 2012 06:10 AM PDT

Como praticar Pilates sem os caros aparelhos (Dreamstime)


Talvez você mesma já tenha passado por isso. Poucas pessoas podem se dar ao luxo de ter acesso aos centros de Pilates, por se tratar de uma técnica personalizada, que requer um equipamento especial. É por isso que nos últimos anos surgiram variações do método que, segundo especialistas, apresentam os mesmos resultados. Se você ainda não tentou, agora pode conhecê-los.

Variação sem aparelhos

O Pilates é uma atividade que, por oferecer possibilidades diferentes para cada exercício, permite que pessoas de todo tipo possam praticá-los. É altamente recomendado, inclusive para a terceira idade, já que produz benefícios nas articulações (em caso de artrose). Além disso, previne a osteoporose, protegendo a estrutura óssea. Também não causa lesões, porque os exercícios são realizados sem impacto. São muitos os acessórios utilizados hoje em dia para substituir os aparelhos de Pilates. Colchonetes, faixas elásticas, bastões, caneleiras, pesos de um quilo, bolas pequenas e grandes de borracha, steps e cordas são os mais utilizados nas academias do mundo.
"Os exercícios são os mesmos, com a mesma eficácia, desde que realizados corretamente" assegura a instrutora Solange Rittor, uma defensora dessa técnica que, ao contrário das outras disciplinas, combina força e flexibilidade, modificando a estrutura do músculo sem aumentar seu volume... o objetivo de todas as mulheres, ou não?

Como praticar corretamente

O segredo para que o Pilates cumpra sua verdadeira missão é realizar o máximo de esforço sob uma supervisão correta. Nesse caso, os exercícios sobre colchonetes não se diferem muito daqueles praticados nos aparelhos originais; eles possibilitam a integração do grupo, pois quando são realizados na forma passiva, é possível compensar qualquer falta de capacidade própria (por exemplo, de força ou flexibilidade) com a ajuda de um colega.
Mas os instrutores dão ênfase especial ao fato de que os movimentos e as contrações musculares devem ser feitos com consciência, para que as posturas sejam executadas corretamente. Também ensinam a levar essa percepção do corpo para a vida cotidiana, alinhando a coluna, contraindo glúteos e ajustando as pernas durante as atividades diárias. É possível, experimente.


Por que a aula de spinning é um sucesso?

Posted: 30 May 2012 06:04 AM PDT



Grande sucesso de público, essa aula traz para as academias o espírito das competições de ciclismo de estrada e off-road. A aula se desenrola sob o comando de um professor sobre uma bicicleta especialmente desenhada para esse tipo de aula em cima de um pequeno palco. A sua frente estão seus alunos (todos pedalando) com o mesmo tipo de bicicleta. Ao comando do professor, os alunos variam a velocidade, a sobrecarga e o posicionamento na bike (sentado ou em pé).

O mais legal é que tudo isso tem como pano de fundo um som superestimulante que pode variar do Axé ao Técno determinando a estratégia de aula (subidas, descidas, ultrapassagens, etc.).

O principal objetivo do spinning é o desenvolvimento da capacidade aeróbia e, eventualmente, muscular localizada para membros inferiores. Sendo assim, é uma aula indicada para redução de peso uma vez que caracteriza-se por um trabalho cíclico (repetição do mesmo movimento) com duração de 45 a 60 min.

Uma das grandes vantagens da aula de spinning é que dependendo da estratégia utilizada pelo professor, dentro da mesma aula pode-se caracterizar a redução de peso, o condicionamento físico ou o treinamento.

Recomendada para alunos que já tenham um bom nível de condicionamento físico pode ser, também, adaptada aos iniciantes uma vez que cada aluno tem o controle de sua bicicleta podendo dosar as intensidades de trabalho de acordo com o seu nível de condicionamento e aptidão.

A BIKE:

Imitando as bicicletas de estrada, a bicicleta de spinning não contém nenhum componente eletrônico. A graduação de sobrecarga é feita manualmente tracionando-se duas lonas contra uma roda de aço ou ferro. A altura do banco e seu posicionamento (mais para frente ou para trás) são reguláveis, o guidão também é regulável (para cima e para baixo) e os pés são presos aos pedais por presilhas garantindo a firmeza dos mesmos.

O tempo de duração das aulas pode variar de 45 a 60 minutos e uma vez posicionado é só pedalar e viajar.

DICAS DE SEGURANÇA

Mecanismo de freio:

O mecanismo de frenagem é muito importante no contexto das normas de segurança, principalmente em momentos de emergência. Todos os alunos devem saber com utiliza-lo e o professor deve estimular a utilização do mesmo.

Tênis:

Os tênis com solados mais rígidos são mais aconselháveis. Tênis com solados mais flexíveis absorvem a força aplicada ao pedal tornando o ato ineficiente. As sobras dos cordões devem ser escondidas dentro do tênis evitando que se enrosquem nos pedais durante a pedalada.

Tiras do firma pé:

Devem estar ajustadas porem não demasiadamente apertadas. Caso um dos pés solte do pedal durante a aula, o aluno deve ser orientado a afastar imediatamente os pés dos pedais e puxar o freio.

Uso de toalhas:

Devido a transpiração muito acentuada, o uso de toalha é importante no sentido de impedir que as mãos escorreguem do guidão.

RITMOS PARA PEDALAR

Sentado

Endurance - Ritmo e carga constantes de modo a manter o consumo e a demanda de oxigênio equilibradas pedalando confortavelmente (Steady State)

Sprinting ou Tiros - Curtos períodos de tempo em velocidade imaginando a ultrapassagem de um oponente.

Lento - O ritmo mais lento sempre é acompanhado de maior resistência nos pedais (carga) enfatizando o trabalho de membros inferiores.

Em pé:

Contínuo - Resistência moderada com ritmo constante podendo ser utilizado por períodos mais longos.

Rápido - Resistência de moderada para intensa por períodos curtos promovendo o desenvolvimento de potência.

Lento - Resistência intensa promovendo o desenvolvimento da força.

MOVIMENTOS CONTRA INDICADOS

Pedalar para trás

Pedalar sem fazer os ajustes adequados de banco e guidão

Soltar as mão do guidão na posição em pé

Utilização de assessórios (caneleiras, pesos de mão, etc.)

Pedalar com excesso de velocidade

Projetar o peso do corpo sobre os braços e o guidão

Pedalar com o firma pé solto


Atividades lúdicas estimulam o cérebro

Posted: 30 May 2012 05:57 AM PDT


 
Gonçalo Viana


A maioria das crianças se assemelha àquele coelhinho que bate tambor no comercial da pilha que "duuura": parecem ter uma energia sem fim, que usam para fazer coisas aparentemente sem muito sentido. Por que passar tanto tempo correndo, pulando uns sobre os outros, ou brincando de morto-vivo ou batatinha-frita? Parecem brincadeiras bobas que servem apenas para divertir as crianças e fazê-las correr. Mas esses jogos fazem muito mais: oferecem um enorme playground para o cérebro aprender por tentativa e erro e ainda são um grande treinamento social para os futuros estresses da vida adulta.

Considere, por exemplo, as brincadeiras tradicionais da infância. Estas são um excelente exercício para o córtex pré-frontal em formação, aquela parte do cérebro que organiza nossas ações, faz planos, elabora estratégias e, sobretudo, diz "não" às respostas impulsivas do cérebro. Crianças pequenas ainda não fazem nada disso muito bem, com seu pré-frontal imaturo, de modo que qualquer "aula" de organização é bem-vinda, a começar pelo bê-á-bá: escolher a resposta certa para cada estímulo. Brincando de lenço atrás, o cérebro aprende que deve responder a um objeto atrás das costas fazendo a criança correr atrás da outra. Enquanto aprende, o cérebro de quebra se diverte com seus erros, o que garante muitas horas de brincadeira – e aprendizado.

Se escolher a resposta certa é importante, não responder quando não se deve também é fundamental, mas já exige um nível de elaboração maior do pré-frontal. Aos 3 anos, meu filho brincava de morto-vivo sem o menor problema, mas o cérebro dele ainda apanhava nas brincadeiras de "nível 2", que exigem que não se faça alguma coisa ao ouvir um comando. No esconde-esconde, bastava perguntar "Cadê você?" que ele se entregava, lá do seu esconderijo: "Tô aqui!". Com tempo, prática e muita brincadeira, o córtex pré frontal vai aprendendo que às vezes a ação correta é a não ação.

O passo seguinte é elaborar estratégias que juntam ação e não ação. Quando morto-vivo e batatinha-frita se tornam triviais, brincadeiras como pique-bandeira e depois os esportes organizados dão ao cérebro o desafio de monitorar várias pessoas ao mesmo tempo, decidir quando é o momento de correr e, ainda, driblar o adversário.

O prazer e motivação das brincadeiras da infância vêm da ativação nas alturas do sistema de recompensa, que premia o cérebro que faz algo que dá certo, e assim faz qualquer coisa parecer interessante. Daí vem o "modo de auto-entretenimento" talvez universal em filhotes, capazes de passar horas em seu próprio mundo. Pois é: filhotes de ratos brincam; filhotes de elefante rolam na lama; cachorrinhos e filhotes de leão se amontoam, mordendo-se na nuca ou nas orelhas, em brigas de mentira.

Além de aprender na prática a controlar a si mesmo, o cérebro de quem brinca aprende formas mais saudáveis de regular suas respostas ao estresse. Ratinhos criados em isolamento ou com irmãos sedados demais para brincar tornam-se adultos ansiosos e estressados: em situações ameaçadoras, os animais que não brincaram na infância são mais dados a arroubos de agressividade ou, ao contrário, a se esconder. O mesmo acontece com primatas, entre eles os humanos. A brincadeira bruta expõe os filhotes a pequenos estresses, com os quais eles vão aprendendo a lidar desde cedo. Assim quem sabe um dia eles possam considerar seus problemas adultos "brincadeira de criança"...


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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Notícias da Educação Física

Notícias da Educação Física


Artigo: Estudo da relação entre o nível de atividade física e o risco de quedas em idosas

Posted: 29 May 2012 10:55 PM PDT

 

INTRODUÇÃO

O aumento da população idosa e sua maior longevidade geram grandes problemas de saúde pública, uma vez que o aumento da expectativa de vida está associado a altas taxas de comorbidades. Dentre as síndromes geriátricas, que englobam os problemas de saúde mais frequentes nos idosos, está a instabilidade postural. Esta ocorre devido às alterações do sistema sensorial e motor levando a um aumento significativo no risco de queda. Esta pode ser definida como um evento não intencional que tem como resultado a mudança de posição do indivíduo para um nível mais baixo, em relação a sua posição inicial1, 2.

No Brasil, o índice de quedas em idosos residentes na comunidade varia de 0,2 a 1,6 quedas por pessoa a cada ano, com uma média de 0,7 quedas por ano2. Além de apresentarem alto risco de caírem, os idosos apresentam também um risco elevado de sofrerem lesões em decorrência das quedas. Este risco está relacionado à alta prevalência de comorbidades presentes nesta população, associado ao declínio funcional decorrente do processo de envelhecimento, fazendo de uma pequena queda um evento potencialmente grave2.

São demonstradas na literatura várias consequências decorrentes das quedas entre os idosos, dentre elas destacam-se fratura, traumatismo craniano, medo de voltar a cair, redução da capacidade funcional, imobilização e elevado número de hospitalização e institucionalização, aumentando as chances de morte1, 2, 3, 4, 5, 6.

Vários fatores de risco e causas interagem como agentes determinantes e predisponentes para as quedas2. Os fatores extrínsecos dependem de circunstâncias sociais e ambientais, criando um desafio aos idosos2,3. Os fatores intrínsecos são decorrentes das alterações relacionadas ao processo de envelhecimento, às doenças e aos efeitos causados pelo uso de fármacos. Eles são multifatoriais, abrangendo vários domínios corporais16. Dentre estes fatores estão idade igual ou superior a 75 anos, sexo feminino, déficit cognitivo, inatividade, fraqueza muscular, distúrbios do equilíbrio corporal, medo de cair, auto-percepção ruim de saúde, uso de medicações psicotrópicas e de várias medicações concomitantes2.

Um maior risco de queda para o sexo feminino tem sido indicado em vários estudos. Sugere-se como causas a maior longevidade e fragilidade das mulheres em relação aos homens, o fato de morarem sozinhas e estarem mais sujeitas a deficiências físicas e mentais, assim como maior prevalência de doenças crônicas. Suspeita-se ainda que possa estar relacionado a uma maior exposição a atividades domésticas e a um comportamento de maior risco6, 7.

O sedentarismo, associado ao processo natural do envelhecimento, leva a uma capacidade física diminuída. Alguns autores o reportam como um fator que pode aumentar o risco de quedas8. Dentre os benefícios decorrentes da prática de exercícios físicos pelos idosos, destacam-se a melhora da capacidade funcional, equilíbrio, força muscular, flexibilidade, coordenação e velocidade de movimento1, 9. O American College of Sports Medicine apresenta diversas metodologias para mensurar a atividade física dentre elas destacam-se o emprego de instrumentos em forma de questionários10.

Considerando que as quedas nos idosos representam uma causa crescente de lesões, custo de tratamento e morte, representando um alto custo socioeconômico, no que se refere à reabilitação desses idosos11 e que a atividade física parece promover benefícios que atuam na redução da ocorrência de quedas, são necessários novos estudos que investiguem se idosos com diferentes níveis de atividade física apresentam diferenças em relação aos fatores de risco para a ocorrência de quedas. Além disso, estudos avaliando a relação entre atividade física e o risco de quedas ainda são escassos na população brasileira. Assim, o presente estudo teve como objetivo comparar o número de fatores de risco para quedas em idosas com diferentes níveis de atividade física.

 

METODOLOGIA

Delineamento

Estudo Transversal Observacional Exploratório

Participantes

O estudo teve uma amostra constituída de idosas residentes na comunidade. Foram recrutadas 50 idosas por conveniência em Centros de convivência, Programa de Saúde da Família (PSF) da cidade de Itabira e também através de contato informal. Este cálculo foi baseado nas variáveis de teste funcional do estudo realizado por Guimarães et al (2004)12.

Para serem incluídos neste estudo os participantes tiveram que apresentar: idade igual ou superior a 65 anos, ser do sexo feminino e residir na comunidade. Foram excluídos todos aqueles que apresentaram: alteração cognitiva (avaliada pelo Mini-Exame do Estado Mental)13 que comprometia à compreensão das atividades propostas; doenças neurológicas (Acidente Vascular Encefálico, Parkinson); doenças osteoarticulares nos membros inferiores com presença de dor, vestibulopatias em período de crise e praticantes de hidroginástica, uma vez que estas interferem diretamente no equilíbrio das participantes e consequentemente no risco de sofrerem quedas, sendo então variáveis de confusão para os resultados do presente estudo. As idosas que constituíram os grupos foram pareadas pela idade.

Instrumentos

Uma Ficha de Avaliação Inicial foi utilizada para a obtenção de dados demográficos e clínicos como idade, sexo, escolaridade, estado civil, IMC, comprimento de membros inferiores, dados de saúde atuais, medicamento em uso, presença de dor, prática de atividade física, auto-percepção de saúde, história de quedas, medo de cair, restrição de atividades, falta de equilíbrio e desempenho funcional através do teste Timed Up and Go (TUG).

Timed Up and Go (TUG)

Este teste tem como objetivo avaliar a mobilidade e o equilíbrio e consiste em medir o tempo gasto na tarefa de levantar-se de uma cadeira (a partir da posição encostada), andar 3 metros até um demarcador no solo, girar e voltar andando no mesmo percurso, sentando-se novamente com as costas apoiadas no encosto da cadeira. A instrução dada é que o idoso execute a tarefa de forma segura e o mais rapidamente possível. Os autores admitiram como tempo normal para a realização da tarefa por adultos saudáveis, 10 segundos; considera-se que 11 a 20 segundos sejam os limites normais de tempo para idosos frágeis ou pacientes deficientes; mais de 20 segundos é considerado um valor indicativo da necessidade de intervenção adequada2, 14.

Perfil de Atividade Humana (PAH)

Este instrumento foi traduzido e adaptado transculturalmente por Souza et al (2006)15. É utilizado na avaliação do nível funcional e de atividade física de qualquer indivíduo. Constitui-se de 94 atividades rotineiras, que variam de um nível funcional baixo a um nível funcional alto, categorizadas de acordo com a classificação internacional de funcionalidade, abordam os domínios atividade e participação15.

Para cada um deles existem três possíveis respostas: "ainda faço", "parei de fazer" ou "nunca fiz". Calculam-se os escores primários: o escore máximo de atividade (EMA), o escore ajustado de atividade (EAA) e a idade de atividade. O EMA corresponde à numeração da atividade com a mais alta demanda de oxigênio que o indivíduo "ainda faz". O EAA é calculado subtraindo-se do EMA o número de itens que o indivíduo "parou de fazer", anteriores ao último que ele "ainda faz"15. O índice idade de atividade fornece uma estimativa da idade equivalente ao EMA alcançado pelo indivíduo e corresponde à idade na qual 50% dos adultos saudáveis de uma dada idade e sexo superam aquele EMA15

Essa forma simples de pontuação fornece uma medida rápida e significativa da alteração dos níveis de energia e possibilita comparações entre os níveis de atividade de populações saudáveis e com alguma disfunção15.

QuickScreen

Este protocolo foi utilizado para avaliar o risco de quedas. Inicialmente as participantes são indagadas quanto a quedas anteriores e uso de medicamentos. Em seguida é realizado teste para acuidade visual através do teste de Snellen, teste de sensibilidade tátil utilizando o estesiômetro, onde o monofilamento de nylon do tipo "Semmes-Weinstein", da cor vermelha (pressão de 4,0g) é aplicado perpendicularmente sobre a pele da participante na região do maléolo lateral até produzir uma curvatura no fio; sentadas e com os olhos fechados são solicitadas a indicar cada toque percebido respondendo "sim" e teste de força, tempo de reação e equilíbrio, no qual incluem os seguintes testes: equilíbrio estático na posição semi-tandem, step alternado e sentado para de pé. Para o teste posição semi-tandem, é solicitado à participante que permaneça em pé, com os pés separados lateralmente por 2,5 cm e com o calcanhar do pé que estiver na frente afastado 2,5 cm do hálux do pé que estiver atrás. A participante pode escolher qual o pé ficar na frente e permanecer 30 segundos nesta posição, com os olhos fechados. É registrado o tempo que ela é capaz de manter-se na posição sem dar um passo ou abrir os olhos. Caso a participante permaneça nessa posição por um tempo inferior a 5 segundos, deve ter uma segunda tentativa e é considerada aquela de maior tempo.

Em seguida, é realizado o teste step alternado, nele a mesma é instruída a colocar alternadamente o pé direito e esquerdo sobre um degrau, o mais rápido possível. O pé deve ser colocado completamente sobre o degrau. É registrado o tempo gasto para colocar os pés, alternando entre o direito e esquerdo, oito vezes.

Finalmente, no teste sentado para de pé, é utilizada uma cadeira sem braços e com 43 cm de altura. As participantes são instruídas a levantarem e sentarem da cadeira cinco vezes, o mais rápido possível. Durante o teste as participantes devem manter os braços cruzados na frente do corpo. O teste inicia com a participante sentada e o cronômetro é interrompido quando a participante concluir o quinto movimento de levantar-se.

Desta forma, o instrumento fornece o número de fatores de risco para quedas que o idoso apresenta16. Considerando que não existe adaptação do instrumento para população brasileira e que seus itens não apresentam viés cultural, foi realizada uma tradução linguística e semântica do mesmo por um tradutor bilíngue.

Procedimentos

As participantes foram inicialmente contactadas por telefone, passando por uma triagem inicial. As que atenderam aos critérios de inclusão e exclusão e se disponibilizaram foram convidadas a comparecerem na Fundação Comunitária de Ensino Superior de Itabira (FUNCESI). Inicialmente, cada participante recebeu o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), contendo informações sobre o estudo. As voluntárias que concordaram em participar do estudo assinaram o TCLE. Todas receberam cópia do formulário. Em seguida, foram coletadas informações sobre os aspectos clínicos e demográficos, seguido da aplicação do Mini-Exame do Estado Mental para rastrear déficits cognitivos. Posteriormente, foram avaliadas quanto à mobilidade funcional através da aplicação do TUG e quanto ao nível de atividade física através da aplicação do PAH, sendo classificadas e alocadas para os grupos: inativo (GI) n=17, moderadamente ativo (GM) n=16 ou ativo (GA) n=17. Em seguida, as participantes dos três grupos respectivamente foram avaliadas quanto ao risco de sofrerem quedas através da aplicação do QuickScreen Test.

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte registrado neste CEP sob número 067/2009.

Análise Estatística

A análise descritiva foi realizada para todos os dados. Foi utilizado o programa SPSS, versão 14.0 para Windows. O nível de significância foi estabelecido em a=0,05. O teste Shapiro-Wilk foi utilizado para avaliar a normalidade da distribuição dos dados intervalares. Como estes apresentaram distribuição normal, foi utilizado o teste One-Way Anova para comparação dos fatores de risco para quedas nos grupos com diferentes níveis de atividade, com aplicação do teste Post-Hoc Bonferroni. Para comparação das variáveis categóricas ordinais medo de cair e auto-percepção de saúde foi utilizado o teste Mann-Whitney U, com correção de Bonferroni para o nível de significância (a=0,0166).

 

RESULTADOS

As participantes deste estudo tiveram um intervalo de idade entre 65-85 anos, com uma média de 71,62+5,49. Os escores do Mini-Exame do Estado Mental variaram entre 18-31 (24,94+2,76); não havendo diferença significativa entre os grupos. Não houve diferença estatisticamente significativa em relação à idade e ao IMC entre os grupos, garantindo a similaridade destes em relação a estas variáveis. As médias e desvios padrão para idade em relação aos grupos GI, GM e GA foram (72,12+5,66; 73,13+6,26; 69,71+4,12), já em relação ao IMC foram (28,34+5,02; 26,35+4,34; 26,37+4,40) respectivamente. Das 50 idosas avaliadas, 26 (52%) sofreram quedas no ano anterior e 24 (48%) não caíram. Neste período, o número máximo de quedas foi 4 no GI, 3 no GM e 2 no GA.

Em relação à prática de atividade física, 28% da amostra não praticavam nenhuma atividade. Das voluntárias que praticavam alguma atividade física, 42% delas participavam do Projeto Vida Ativa 2 vezes por semana durante 40 minutos; 26% realizavam caminhada entre 2 e 4 vezes por semana e 10% 5 vezes por semana, sendo que a duração foi relatada como superior a 30 minutos por 22% das idosas e igual ou inferior a 30 minutos por 14% destas; 20% praticavam academia numa frequência de 2 a 4 vezes por semana, com duração de 40 a 120 minutos.

As variáveis relacionadas ao risco de quedas estão descritas nas tabelas 2, 3 e 4. Observou-se que, para a maior parte das variáveis analisadas, as médias apresentavam uma sequência indicando piores resultados no GI, resultados intermediários no GM e resultados melhores para o GA, em relação ao risco de quedas.

 

 

 

 

 

 

Foram encontradas diferenças significativas entre os grupos em relação às variáveis Timed Up Go (p= 0,000); Número de Quedas há 1 ano (p=0,024); Step Alternado (p=0,024); Sentado para de pé (p=0,047); Número de Fatores de Risco (p=0,041); Auto-percepção de Saúde (p=0,034) e Medo de Cair (p=0,002)

 


Figura 1

 

DISCUSSÃO

Os resultados da análise dos aspectos demográficos e clínicos encontrados demonstraram que os grupos avaliados são estatisticamente semelhantes. Esta similaridade é importante para permitir a comparação do risco de quedas entre os grupos, pois reduz a possibilidade de outras variáveis influenciarem os resultados, aumentando assim a validade interna do estudo.

Com relação ao número de idosas que sofreram quedas no ano anterior, o presente estudo teve como resultado um percentual de 52% de idosas caidoras; semelhante ao estudo de Fabrício et al. (2004)3, no qual 54% dos idosos relataram queda. Em contrapartida, outros estudos demonstram resultados controversos a este, indicando uma menor frequência de idosos caidores. Guimarães e Farinatti (2005)17 obtiveram um percentual de 43% de idosos caidores. Outros estudos demonstraram uma prevalência de quedas ainda inferior a esta, como 37,5% (Ribeiro et al., 2008)18 e 31% (Perracini e Ramos, 2002)6. Acredita-se que isso possa estar atribuído ao fato de que o presente estudo teve uma amostra constituída somente de participantes do sexo feminino, que é considerado um fator de risco intrínseco para quedas2. Pereira et al. (2001)19 asseguram que no Brasil, a frequência de quedas é maior em mulheres do que em homens da mesma faixa etária. Outro fator que pode ter influenciado é em relação aos diferentes níveis de atividade física apresentados pelas idosas desta amostra. É possível que nos estudos anteriores, o nível de atividade física dos participantes tenha sido superior ao do presente estudo. A alta frequência de quedas no GI deste estudo (70,6%) pode ter contribuído para o grande número de idosas caidoras observado.

De acordo com o American College of Sports Medicine Guidelines e American Heart Association (ACSM/AHA), para adultos saudáveis acima de 65 anos, é preconizado atividade física de intensidade moderada 5 vezes por semana, com duração de 30 minutos. Neste estudo foi evidenciado um percentual baixo de idosas que praticam atividade física como estabelecido pelo ACMS/AHA, apenas 10% da amostra total. Estes dados revelam que a população idosa não tem realizado atividade física como recomendado e demonstra a necessidade de investir em protocolos educativos quanto à prática de atividade física regular segundo a ACMS/AHA20.

Observou-se que todas as variáveis indicativas de risco de quedas avaliadas demonstraram uma sequência indicando melhora do resultado à medida que se aumentava o nível de atividade do grupo. Foi encontrada diferença significativa entre os grupos para todas estas variáveis, exceto para o tempo que a idosa conseguia permanecer na posição semi-tandem. Este resultado demonstra que o risco de quedas é maior em idosas com menor nível de atividade e que isto acontece mesmo em relação a variáveis que não são afetadas diretamente pelo exercício, como a auto-percepção de saúde e medo de cair. Em relação ao teste de equilíbrio estático semi-tandem, é possível que ele não tenha sido sensível para detectar diferenças, uma vez que a maioria das idosas teve um bom desempenho neste teste.

Na análise post hoc, houve diferença significativa entre os grupos GI x GA e GI x GM em todas as variáveis, exceto auto-percepção de saúde e número de fatores de risco, que demonstrou diferença apenas entre GI e GA. Foi detectada diferença significativa entre os grupos GM x GA somente no Timed Up and Go. Assim, o número de quedas, o número de fatores de risco para quedas avaliados pelo QuickScreen, o tempo gasto para executar os testes sentado para de pé, step alternado e TUG, o medo de cair e a auto-percepção de saúde foram inferiores no GM e GA em relação ao grupo de idosas sedentárias, indicando menor risco de quedas para estes. Estes dados sugerem que mesmo um nível de atividade física moderado parece ser benéfico para a redução do risco de quedas e já demonstra uma diferença significativa em relação às idosas sedentárias. Além disso, de acordo com os resultados, o teste de mobilidade funcional TUG mostrou ser sensível para diferenciar os grupos de diferentes níveis de atividade física e risco de quedas. Este teste tem relação com equilíbrio, velocidade de marcha e capacidade funcional, que estão relacionadas diretamente com a propensão a quedas12.

Este resultado foi semelhante ao de estudos anteriores, como no de Guimarães et al. (2004)12 que encontrou diferenças significativas para menor propensão a quedas em idosos que praticam atividade física em relação ao TUG, entretanto não foi utilizado nenhum instrumento padronizado para avaliar o nível de atividade, o qual classificou como ativos aqueles idosos que estariam praticando atividades físicas regularmente nos últimos três anos; já no presente estudo foram avaliados três níveis de atividade através da aplicação do PAH.

Os resultados deste estudo também estão de acordo com as evidências que demonstram que a prática de exercícios físicos promove efeitos benéficos na melhora da capacidade funcional, equilíbrio, força muscular, flexibilidade, coordenação e velocidade de movimento1, 9. Além disso, tem sido demonstrado que a atividade física é uma das modalidades terapêuticas que melhora a mobilidade física e postural do idoso, podendo estar diretamente relacionada com a diminuição de quedas12.

O presente estudo comparou o nível de atividade física e o risco de quedas em idosas, controlando as variáveis clínicas e demográficas que poderiam influenciar nestes desfechos. De acordo com este estudo, idosas com maior nível de atividade física apresentam menor risco de quedas em relação a idosas sedentárias. Entretanto, pelo delineamento transversal do estudo, não é possível determinar se a prática de atividade física causa a redução no risco de queda. Outra limitação deste estudo é que o mesmo foi baseado em estratégias recordatórias, que podem conter viés de memória e assim, apresentar menor precisão.

Sendo assim, são necessários mais estudos que investiguem a relação entre o nível de atividade física e o risco de quedas em idosas, com delineamento longitudinal e prospectivo, de forma que seja possível investigar se existe uma relação causal entre o nível de atividade e o risco de quedas. Além disso, considerando que o presente estudo demonstrou que os fatores de risco para quedas diferem nas idosas de acordo com o nível de atividade, é importante que estudos avaliem o risco de quedas em diferentes populações, controlem o nível de atividade dos participantes, para que este não exerça um papel de variável de confusão.

 

CONCLUSÃO

A partir dos dados deste estudo, conclui-se que idosas residentes na comunidade, com diferentes níveis de atividade física, apresentam diferenças no risco de sofrerem quedas. As idosas classificadas como moderadamente ativas e ativas possuíram menor risco de quedas quando comparadas a idosas inativas. Desta forma, os achados deste estudo apontam para a importância da manutenção de um estilo de vida mais ativo para idosas brasileiras vivendo na comunidade.

 

REFERÊNCIAS

1 Mazo GZ, Liposcki DB, Ananda C, Prevê D. Condições de saúde, incidência de quedas e nível de atividade física dos idosos. Rev Bras Fisioter. 2007;11(6):437-442.         [ Links ]

2 Perracini MR. Prevenção e manejo de quedas nos idosos. PEQUI [periódico na Internet]. Disponível em: http://pequi.incubadora.fapesp.br/portal/quedas/.         [ Links ]

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terça-feira, 29 de maio de 2012

Notícias da Educação Física

Notícias da Educação Física


Morte súbita de atletas profissionais indica problemas congênitos do coração

Posted: 29 May 2012 03:03 AM PDT


morte súbita é a morte que ocorre repentinamente, sem previsão, sem sinais de trauma ou violência. Quando ocorre antes dos 35 anos é sinal de que atleta já tenha uma doença congênita

Segundo o cardiologista Dr. Mário Malamo, membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia, a morte súbita em atletas pode acontecer até duas horas depois da realização da atividade física. O médico explica que a morte súbita antes dos 35 anos significa que o atleta provavelmente apresenta uma patologia congênita, ou seja, doenças adquiridas antes do nascimento ou no primeiro mês de vida. Após esta idade já seria uma patologia adquirida.

"Sem dúvida estas disfunções podem ser identificadas através da realização periódica de exames de ecocardiograma e teste ergométrico", observa Málamo, "porém, algumas vezes o exame pode vir alterado ou indicar um falso negativo".

Segundo estatísticas oficiais, 30 atletas profissionais menores de 35 anos morrem anualmente devido a problemas no coração. Na população em geral, essa média é de 1 para 100.000 habitantes.

Pesquisa divulgada pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) revelou ainda que cerca de 10% das mortes súbitas em atletas com menos de 35 anos ocorreu em função de um infarto no miocárdio.

Vítimas de morte súbita

O esporte está em alerta: nas últimas semanas, uma série de incidentes envolvendo atletas que sofreram paradas cardíacas no meio do jogo acabaram em tragédia, ou quase, em diferentes modalidades esportivas.

O primeiro dessa série aconteceu em 17 de março, na Inglaterra: Fabrice Muamba, jogador de futebol do Bolton, sofreu mal súbito em campo, mas felizmente foi apenas um susto e o jogador hoje se recupera bem.

Na semana seguinte, em 25 de março, foi a vez do jogador italiano de vôlei Vigor Bovolenta. Durante um jogo do Campeonato Nacional, o jogador se queixou de dores no peito e desmaiou em quadra, mas acabou morrendo a caminho do hospital, aos 37 anos.

Três semanas depois, outro italiano, desta vez do futebol. Em 14 de abril, Piermario Morosini sofreu uma parada cardíaca aos 31min do segundo tempo. Ele recebeu uma massagem cardíaca ainda no estádio e foi, em seguida, transferido para o hospital, mas veio a falecer assim que chegou à unidade. Tinha somente 25 anos.

Naquela mesma tarde, na Venezuela, a jogadora de vôlei Verónica Gómez sofreu parada respiratória e também não resistiu.

No caso de Bolton, há informação de que o clube só teria solicitado esses exames na época da sua contratação, há 3 anos.

Já no caso do italiano Morosini, chegou-se a atribuir a tragédia à demora no socorro prestado pela ambulância, que teve dificuldade para chegar ao campo porque a entrada estava sendo obstruída por um carro, mas os médicos explicaram que mesmo que a ambulância tivesse chegado antes, não teria evitado a morte do jogador, que chegou a receber, no gramado, massagem cardíaca com desfibrilador. Em vão.

Aliás, o desfibrilador externo automático, ou DEA, é item obrigatório nos estádios, assim como a presença de uma ambulância.

Cleide Tanabe, Jornalismo Portal EF - www.educacaofisica.com.br


Video: alongamentos para após o treino de corrida

Posted: 29 May 2012 12:55 AM PDT






A série de alongamentos após os treinos devem ser realizada com moderação. O alongamento depois da corrida ajuda no relaxamento muscular e evita o desconforto. Em treinos com intensidade alta ou longas distâncias, a musculatura fica estressada. Se forçar demais, pode causar a lesão.

O ideal é que exercícios para aumentar a flexibilidade sejam realizados em dias alternados aos treinos de corrida ou em outros períodos, com pelo menos seis horas de intervalo.


Dez dicas para fazer exercícios à noite sem prejudicar a saúde

Posted: 28 May 2012 07:49 PM PDT

Comece as atividades devagar e respeite os seus limites Foto: Getty Images

Com a correria do dia a dia e a falta de tempo muitos optam por fazer exercícios físicos à noite ou até mesmo na madrugada. Mas os praticantes de exercícios nesses horários devem tomar alguns cuidados para não prejudicar o sistema imunológico.

O fisiologista Paulo Roberto Silva, da área de medicina esportiva do Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, disse que os exercícios controlados são sempre bons à saúde, desde que o sono esteja em dia e uma boa alimentação tenha sido feita.

Segundo o especialista, a falta de tempo tem atraído clientes às academias que funcionam 24 horas e, por isso, faz um alerta. "Sem uma noite de sono reparadora, a sobrecarga de estresse acumulada no dia e o esforço gerado pelos exercícios físicos vão prejudicar o sistema imunológico", afirmou.

O fisiologista afirma que, ao mesmo tempo em que há um aumento no número de inscrições para esse período de treinamento, o número de desistências também é relevante.

"Pelos desequilíbrios causados pela falta de sono ou pela má alimentação, o corpo começa a não render como deveria. Por isso, a pessoa acaba se afastando, pois falta disposição e ânimo para desenvolver um trabalho constante", diz.

Confira dez dicas para quem faz, ou pretende começar a fazer, atividades nesse período:

1) Comece as atividades devagar.

2) Nunca pratique exercícios em jejum.

3) Antes e depois da prática é preciso ingerir alimentos, porém em pouca quantidade. Por isso, o ideal é durante o dia ter uma boa base alimentar.

4) Se for jantar é preciso fazer a refeição três ou quatro horas antes dos exercícios.

5) Se ingerir apenas um lanche, pode esperar apenas uma hora antes da prática.

6) Alimentos que contenham zinco, como arroz, maçã, melão, morango, cereais integrais, castanha e chás, são fundamentais para quem vai se exercitar após o trabalho, pois eles ajudam a diminuir a quantidade de cortisol, o hormônio ligado ao estresse humano e que, em excesso no organismo, afeta principalmente o coração.

7) É preciso dormir de 7 a 12 horas por dia. Por isso, programe-se para que a prática de exercícios não substitua horas de sono.

8) Uma dieta com carboidratos evita fadigas precoces e lesões musculares.

9) O ideal é consumir até 30g de carboidratos antes de praticar exercícios, como cereal integral, pão integral, barrinha de cereal.

10) Antes de ir academia não é recomendável ingerir muita fibra, pois dificulta a digestão.


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